Inteligência Artificial no varejo: seu negócio está perdendo dinheiro?
15 de Maio de 2023
Você já está usando a tecnologia de inteligência artificial no varejo? Ainda não? Então talvez a sua empresa esteja perdendo dinheiro.
Com diversas ferramentas que automatizam processos e aumentam a eficiência das operações, as organizações que não se atualizam ficam para trás. E diversos dados do mercado mostram como a utilização da inteligência artificial gera resultados positivos.
Quer entender melhor o impacto da inteligência artificial no varejo? Confira logo a seguir!
Como as empresas perdem dinheiro com a inteligência artificial?
A consultoria The Harris Poll realizou um estudo global a pedido do Google Cloud para compreender o impacto da inteligência artificial no varejo. E os resultados apontaram que a adoção dessas tecnologias ajuda a reduzir o índice de abandono de pesquisa, algo que faz com que os varejistas deixem de ganhar mais de R$ 1,6 trilhão no Brasil a cada ano.
Mas como as empresas deixam de ganhar tanto dinheiro?
Marco Braco, head do Google Cloud no Brasil, destaca que o impacto maior está nas datas mais aguardadas pelo varejo, como a Black Friday. Nesses momentos, as soluções de inteligência artificial podem ajudar os e-commerces a melhorar aspectos como a recomendação de produtos e um atendimento humanizado a partir de linguagem natural.
Veja alguns dos principais insights que podemos tirar da pesquisa, que analisou a performance de 25 e-commerces:
- 7 dos 25 e-commerces apresentaram erros de time out (quando o servidor demora muito a responder) no dia da Black Friday.
- Nenhum e-commerce conseguiu carregar a página no tempo ideal de 2,5 segundos.
- 12 dos 25 e-commerces recomendam produtos com base na navegação do próprio site.
- 11 dos 25 e-commerces não entregam resultado quando tem algum erro de digitação no nome do produto. O detalhe é que 10% das pesquisas feitas no Google tem algum erro de digitação/ortografia.
- 8 dos 24 e-commerces permitem que o consumidor use a câmera para buscar um produto no aplicativo.
- Apenas 3 e-commerces tem chatbots com linguagem natural, indo além de perguntas pré-definidas no aplicativo.
- Em 5 e-commerces foi possível solicitar atendimento humano por meio do chatbot em ambas plataformas (app e site).
- 2 dos 17 e-commerces oferecem pelo menos 3 opções de entrega.
- Dos e-commerces analisados, apenas 1 oferece pelo menos 3 ferramentas de acessibilidade no desktop.
Como usar a inteligência artificial no varejo com eficiência?
A inteligência artificial no varejo possui cada vez mais possibilidades de uso. Veja só algumas das principais formas de explorar essa tecnologia no seu e-commerce:
1 – Automação da estratégia de preços
A estratégia de preços no comércio eletrônico envolve muitos fatores, certo? Para chegar ao preço ideal é preciso fazer diversas análises e cálculos. Porém, como as decisões de preços são baseadas em grandes conjuntos de dados, a IA pode atuar com eficiência nesse processo.
Na prática, a inteligência artificial permite que você personalize seus preços automaticamente. Isso significa que você pode ajustar preços e ofertas com base nos usuários atuais do seu site e como eles se comportam.
Por exemplo, é possível que compradores de determinada região tenham acesso a preços e/ou valores de entrega diferentes. Com isso, as lojas virtuais podem criar estratégias segmentadas e conciliar seus custos com a receita.
2 – Recomendações inteligentes de produtos
A inteligência artificial também pode ser usada para recomendar produtos para os consumidores da sua loja virtual. Por exemplo, um usuário que está navegando em categorias de livros sobre administração de empresas pode receber outras indicações semelhantes.
Além disso, a inteligência artificial pode estimular o cross sell e o up sell com essas recomendações. Se um consumidor adiciona um tênis ao carrinho de compras, ele pode receber recomendações de meias ou outros calçados do mesmo estilo.
Na prática, o algoritmo que a IA usa pode prever as necessidades e comportamento do comprador com base no seguinte:
- Os itens comprados com frequência
- O histórico de pesquisa
Isso permite que o sistema faça previsões e sugira recomendações personalizadas para um produto no qual você possa estar interessado, facilitando o pedido e a compra. Nesse sentido, o consumidor não precisará passar horas procurando o produto no site.
3 – Uma experiência personalizada para o cliente
A personalização no setor de comércio eletrônico está remodelando a experiência de compra de acordo com os pontos problemáticos, necessidades, preferências e gostos de cada cliente. Por exemplo, é possível mostrar produtos visualizados recentemente, executar uma campanha de e-mail personalizada automatizada ou criar uma lista de produtos personalizada.
Além disso, também existe a possibilidade de personalizar a experiência de compra online por meio da exibição dinâmica ou ativa de conteúdos – sejam eles campanhas, marcas ou produtos, aos clientes. Isso depende de seus cliques, comportamento de navegação, histórico de compras, etc.
A personalização fazia parte da indústria de comércio eletrônico antes da implementação da IA. No entanto, agora, os computadores podem processar grandes porções de dados que permitem otimização e análise em tempo real.
4 – Chatbots e outros assistentes virtuais alimentados por IA
Os chatbots são uma ferramenta muito útil para compradores online. Eles podem, por exemplo, ajudar a informar os clientes quando os produtos estão esgotados e sugerir alternativas. Eles também podem ser usados para informar os clientes sobre a entrega, o status do pedido ou até mesmo sugerir produtos com base no que o cliente está procurando.
Outro benefício do uso de chatbots no comércio eletrônico é a funcionalidade de lembrar os clientes sobre seus carrinhos de compras abandonados. Alguns clientes não abandonam seus carrinhos de propósito, mas se isso acontecer, um chatbot é uma boa maneira de informá-los sobre o status do carrinho de compras e ajudá-los a concluir a compra.
E aí, será que o seu negócio está perdendo dinheiro por não usar a inteligência artificial no varejo? Como você encara essa tecnologia?